
Eu sou
Uma borboleta
Feita pelas mãos gentis da natureza
Minhas asas tão sutis
Não foram feitas para um vidro
Nem para um quadro nem para uma rede
Fui feita para voar
Minhas asas disformes foram feitas para a liberdade
Liberdade total liberdade disforme
Pura e livre eu preciso ser
Preciso sentir o vento preciso sugar o néctar
Das mais belas flores
Preciso voar
Vagamente liricamente intensamente eternamente
Ao sabor das brisas mais macias ou dos tornados
Atravessar oceanos transpassar montanhas
Zig-zaguear por florestas imensas
Escutando segredos das almas
Carregando nas asas tortas palavras loucas de amor
De tristeza de amizade de descrença de crianças
De anciões sábios de loucura de sensatez
As mais lindas carrego no coração palavras da criação
Da esperança
Sou gigantesca e quase ninguém me vê
Nos meus olhos o mundo
No meu mundo todos os sonhos
Vivo a me transformar sou uma borboleta lilás ametista
Transformo tudo facilmente
As emoções os pensamentos as premonições
As preocupações em calmaria
A tsuname em rio salgado
Edgar Izarelli
Nenhum comentário:
Postar um comentário